A importância do alinhamento entre sócios no processo de venda

Autor: Pipeline Capital
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Quando uma empresa decide iniciar um processo de venda, muitos imaginam que o ponto central será o desempenho financeiro. Mas, para quem avalia o negócio de fora, o primeiro sinal de credibilidade não está no faturamento ou na margem. Está na forma como os sócios se posicionam entre si. Vender uma empresa é, antes de tudo, apresentar uma liderança capaz de transmitir estabilidade, coerência e clareza de propósito.

Empresas são avaliadas não apenas pelo que entregaram até aqui, mas pela consistência que demonstram para o futuro. Quando os sócios têm expectativas diferentes, planos divergentes ou visões incompatíveis, isso se torna um indicador direto de risco para qualquer comprador. A ausência de alinhamento faz com que investidores enxerguem incerteza sobre continuidade, governança e execução.

Como a dimensão humana e cultural impacta o valuation

A cultura interna da empresa, especialmente a maneira como sócios interagem e tomam decisões, influencia diretamente o valor percebido pelo mercado. Um estudo global da Mercer envolvendo 1.438 profissionais de M&A mostrou que problemas culturais levam 30 por cento das transações a falhar em atingir metas financeiras, enquanto 67 por cento enfrentam atrasos na realização de sinergias e 43 por cento sofrem impacto no preço de compra ou até cancelamento do deal.

Para investidores, esse tipo de dado é um alerta. Se um negócio apresenta desalinhamento entre sócios ainda antes da venda, o risco percebido aumenta de forma imediata, o que reduz múltiplos, endurece condições e compromete a negociação.

Governança sólida como mecanismo de redução de risco

Outro fator decisivo para uma venda bem-sucedida é a governança. Estruturas societárias pouco claras, contratos informais e ausência de regras objetivas sobre tomada de decisão geram insegurança durante a due diligence. A falta de alinhamento interno se traduz em risco jurídico, operacional e estratégico. E risco, em M&A, sempre se transforma em desconto de valor.

Relatórios recentes da EY destacam que desalinhamento entre stakeholders e governança frágil estão entre as principais causas de perda de valor em transações no Brasil, reforçando que compradores não negociam apenas uma empresa, mas a previsibilidade do que ela será depois da aquisição.

Empresas que demonstram consenso societário, estrutura formalizada e clareza no papel de cada sócio passam uma mensagem inequívoca ao mercado: existe direção, existe comando e existe continuidade. Isso reduz incerteza e aumenta a disposição do comprador em pagar múltiplos superiores.

O impacto direto no valuation

Valuation não é determinado apenas pelo desempenho financeiro, e sim pela confiança de que a empresa continuará gerando resultados depois da aquisição. Quando os sócios mostram alinhamento pleno, essa confiança é fortalecida. Quando não mostram, o comprador compensa o risco com desconto no preço ou condições mais rígidas na negociação.

Em outras palavras, o alinhamento societário funciona como um acelerador do valuation. Ele amplia a atratividade da empresa, melhora sua posição de negociação e reduz a probabilidade de desgaste ao longo do processo.

O ponto que define a qualidade da venda

Para quem planeja vender, o alinhamento entre sócios não é uma etapa formal. É uma estratégia de valor. Ele define o tom da narrativa, orienta a governança, dá direção às projeções e sustenta a credibilidade da operação. Sem isso, até empresas com excelentes indicadores podem perder competitividade na mesa de negociação.

Como a Pipeline Capital estrutura esse alinhamento para maximizar valor

A Pipeline Capital inicia qualquer processo de sell side organizando o alinhamento entre sócios, esclarecendo expectativas, definindo papéis e estruturando governança antes de apresentar o negócio ao mercado. Esse trabalho transforma uma operação potencialmente vulnerável em um ativo sólido e coerente, capaz de inspirar confiança em investidores qualificados.

Ao reduzir ruídos internos, alinhar visão estratégica e fortalecer a narrativa, a Pipeline diminui o risco percebido e aumenta o valor real da empresa na negociação. A venda deixa de ser apenas um evento financeiro e se torna um movimento estratégico bem preparado.

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