Signing e Closing: Como garantir uma transação segura e bem-sucedida

Autor: Pipeline Capital
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O processo de fusões e aquisições (M&A) envolve uma série de etapas complexas, sendo duas das mais cruciais o Signing e o Closing. Embora ambos sejam marcos fundamentais para a conclusão de um negócio, suas diferenças podem impactar diretamente o sucesso da transação.

Compreender o papel do Signing e do Closing no contexto de M&A é essencial para investidores, advogados e empresários que desejam garantir uma operação segura e eficiente. Neste artigo, abordaremos o significado de cada fase, suas principais diferenças e os desafios que podem surgir ao longo do caminho.

O Que é Signing e Closing em M&A?

Signing: O compromisso formal da operação

O Signing representa a assinatura do contrato de compra e venda (SPA – Share Purchase Agreement) ou de fusão. Nessa fase, as partes formalizam juridicamente sua intenção de concluir a transação, definindo os principais termos e condições do negócio.

Principais características do Signing:

  • Formalização do acordo: assinatura do contrato principal.
  • Definição de condições precedentes: regras que devem ser cumpridas antes do Closing.
  • Possibilidade de rescisão: em casos específicos, o contrato pode ser cancelado se as condições não forem atendidas.
  • Início da fase de Pre-Closing: momento de ajustes e obtenção de aprovações regulatórias.

Closing: A conclusão da transação

O Closing ocorre quando todas as condições estipuladas no Signing são cumpridas e a transferência de ativos ou ações é efetivamente realizada. Somente nesse momento os valores acordados são pagos e a transação é finalizada de forma definitiva.

Elementos essenciais do Closing:

  • Cumprimento das condições precedentes: obtenção de autorizações regulatórias, consentimentos de terceiros, entre outros.
  • Liquidação financeira: pagamento do valor acordado.
  • Transferência de controle: a parte compradora assume os direitos sobre a empresa adquirida.
  • Registro e atualização societária: dependendo da jurisdição, alterações formais são necessárias.

Diferenças entre Signing e Closing

AspectoSigningClosing
O que representa?Compromisso formalConclusão da transação
Quando ocorre?No momento da assinatura do contratoApós o cumprimento de todas as condições precedentes
O que define?Regras e condições para a efetivação do negócioCumprimento das obrigações e transferência de ativos
PagamentoAinda não ocorre ou ocorre parcialmentePagamento integral e formalização da posse

Principais desafios no caminho do Signing ao Closing

Apesar de o Signing marcar um compromisso firme entre as partes, o período entre essa fase e o Closing pode apresentar desafios que exigem atenção:

1. Condições precedentes e aprovações regulatórias

Empresas precisam cumprir requisitos estabelecidos por órgãos reguladores, como CADE (Brasil), SEC (EUA) e Comissão Europeia. Atrasos nessas aprovações podem impactar significativamente o cronograma do Closing.

2. Due Diligence e riscos jurídicos

Após o Signing, questões legais e financeiras podem surgir, exigindo renegociações ou ajustes contratuais. Falhas na due diligence podem levar à descoberta de passivos ocultos, impactando a transação.

3. Cláusulas de Material Adverse Change (MAC)

Alguns contratos preveem que eventos adversos significativos podem justificar a rescisão do negócio antes do Closing. Crises econômicas, mudanças na legislação ou quedas bruscas no desempenho da empresa adquirida podem ativar essas cláusulas.

4. Financiamento e liquidação

Se o comprador depender de financiamentos externos para concluir a operação, qualquer problema no desembolso de recursos pode atrasar ou inviabilizar o Closing.

Como garantir uma transição segura entre Signing e Closing?

Para mitigar riscos e evitar contratempos, algumas boas práticas são essenciais:

1. Estruturar um contrato sólido

O contrato deve conter cláusulas detalhadas, prevendo as condições precedentes, obrigações das partes e prazos realistas.

2. Monitorar o cumprimento das condições precedentes

A equipe jurídica e financeira deve acompanhar de perto a execução dos requisitos legais e operacionais para garantir que o Closing ocorra conforme o previsto.

3. Planejar cenários adversos

É recomendável definir estratégias de mitigação de riscos para evitar surpresas desagradáveis. Manter planos de contingência para eventuais obstáculos pode salvar a transação.

4. Garantir transparência entre as partes

Uma comunicação clara e contínua entre compradores, vendedores e assessores é essencial para manter a confiança e assegurar que todas as partes estejam alinhadas.

O Signing e Closing são fases indispensáveis no processo de fusões e aquisições, cada uma com sua importância e desafios. Empresas que dominam essas etapas conseguem garantir maior segurança jurídica, operacional e financeira, reduzindo riscos e maximizando o sucesso da transação.

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