Texto original de Pyr Marcondes
Essa questão me ocorreu ao acompanhar remotamente a conversa de Hubert Joly, um ex-acadêmico da Harvard Business School e também ex-CEO da Best Buy, e Dorie Clark, professora, autora e coach executiva da Duke University, no recém terminado SXSW 2021. O título da conferência dos dois é exatamente esse: The Refoundation of Capitalism.
Pois não é que sim?
Na moita, essa refundação das bases do capitalismo como o conhecíamos vem sendo, paulatinamente, repactuadas na prática e na real do mundo dos negócios e na relação das economias, e nós aqui sem prestar claramente atenção a isso, com a devida urgência que o tema nos pede.
Veja todo o universo ESG, ou seja, toda a pauta de Environmental, Social and Corporate Governance que o Capitalismo de antes não se preocupava seriamente e agora tem que se preocupar compulsoriamente, querendo ou não, gostando ou não.
Peguemos o S, de Sustentabilidade, a preocupação passou a fazer parte da pauta cotidiana do Capitalismo contemporâneo seja porque as sociedades impõem que assim seja, seja pelo simples fato de que se os recursos acabarem e o mundo dissolver em desastres climáticos, bem, seria o fim do Capitalismo também, confere?
Mas vamos além. Vamos colocar nessa lista da Sustentabilidade as questões da inclusão social e todos os temas impactantes das diversidades.
Essas foram as questões de fundo do debate entre os dois acadêmicos, ambos humanistas que entendem que o Capitalismo pode perfeitamente continuar sendo Capitalismo, desde que não deixe de endereçar todas essas questões, de resto tão vitais à sobrevivência de todos. Inclusive do próprio.
Quer ir adiante e para além do debate do SXSW? Coloque na lista as startups, que são evidentemente parte do Capitalismo também, mas uma parte que coloca em cheque e disrompe cadeias e mais cadeias do Capitalismo histórico, engolindo feito Pac-Men alucinados pedaços saborosos dos negócios de empresas centenárias e bilionárias.
Mais um pouco? As mega-consolidações setoriais, criando empresas-plataforma que não respeitam mais a lógica de países e nações, para serem, elas mesmas, novos países e nações de um capitalismo hiper concentrado em que, muitas vezes, as leis das sociedades são ignoradas e novas lógicas de comercialização e novas bases para se fazer negócios são estabelecidas, à revelia de órgãos reguladores e leis de mercado, antes tão claramente estabelecidas. E seguidas.
Podemos entender que tudo isso é apenas o velho e bom Capitalismo se reciclando e evoluindo. Se você é um liberal convicto de que as leis de mercado são soberanas e que tá tudo dominado, ok, pode ser. Mas isso não explica tudo e mesmo essas novas acomodações repactuam, elas mesmas, sim, as bases do Capitalismo de sempre.
Mas precisamos perceber e admitir também que, adicionalmente, forças externas a esse ambiente aparentemente fechado e controlado do Capitalismo de sempre vem colocando em xeque as bases de seus fundamentos e que estamos vivendo uma repactuação das regras e pilares daquilo que, por séculos, foram sustentáculo desse sistema econômico, que por sua vez, norteia e pavimenta as sociedades de economia aberta e da livre iniciativa.
O Capitalismo sempre viveu ciclos. Este novo ciclo de agora desconstrói parte relevante do seu acomodado status quo histórico. Isso o incomoda e o faz sair da zona de conforto. O que, para ele, não é nada ok.
Já para os avanços das sociedades contemporâneas, essa chacoalhada na base capitalista pode vir a ser benéfica e o confronto das forças em questão pode contribuir para um Capitalismo mais humano e integrado nas reais demandas das sociedades de hoje e do futuro. Até para que tenhamos algum futuro.
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