Cross Border: agora é a hora da sua empresa virar internacional

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Artigo by Alon Sochaczewski, CEO da Pipeline Capital.

O Brasil, apesar de ser uma força exportadora líder em algumas categorias de commodities, não tem tradição de aventurar-se para fora de suas fronteiras não para exportar, mas para ocupar outros mercados internacionais como extensão de sua geografia de negócios estritamente brasileira.

Isso ocorre por vários motivos, entre eles e talvez o principal, porque o Brasil é, por si só, um mercado gigante e muitas vezes suficiente para um sem número de empresas e negócios. 

Países como Israel e Coréia, por exemplo, entre outros, vivem a experiência oposta por conta da limitação física de seus mercados internos, resultando que toda empresa nesses países já nasce com viés internacional.

Ocorre também porque não se disseminou, historicamente, no Brasil, a cultura do cross border entre os empresários brasileiros, seja por falta de programas de incentivo, seja por falta de acesso às informações de como fazer e as vantagens de atravessar a fronteira para abrir e instalar operações fora do País.

Ocorre ainda porque, em muitos casos, aquilo que se produz e se oferece aqui não tenha força e qualificação para competir nos mercados hoje globais.

Apesar de todas essas premissas, não há, conceitualmente, nenhuma razão sólida para que empresas brasileiras não atuem em mercados estrangeiros. Mais que isso, há hoje um sem número de setores em que empresas nacionais detém expertise, produtos e serviços com características indiscutivelmente competitivas no mundo lá fora.

Os que vêm se destacando, entre outros, são os de tecnologia e serviços digitais, soluções e plataformas financeiras e de ecommerce.

Em todos esses setores há empresas no País de todos os portes que poderiam perfeitamente se preparar e apostar em estratégias cross border.

Quando digo de todos os portes é importante ressaltar que projetar-se nos mercados internacionais não é exclusivo de empresas de grande porte, como alguns empresários e empreendedores podem imaginar.

Como alguns princípios mais básicos podemos imaginar o óbvio: frente a determinados mercados, o Brasil é um mercado e um País com melhores condições de competir com soluções mais avançadas. Há toda a América Latina, o Leste Europeu e até alguns países da Europa Ocidental mais clássicos, citando aqui apenas para ilustrar, Portugal e Espanha, para ficarmos apenas na Península Ibérica.

Quando coloco lá em cima, no título, a afirmação de que este é o momento das empresas brasileiras pensarem e colocar em marcha políticas de cross border, é porque não só todas essas condições que citei acima já estão dadas e mais do que maduras, mas também porque o Brasil está barato frente a maior parte das moedas estrangeiras. O que se configura, adicionalmente, numa oportunidade financeira extra para que as empresas abordem outros países.

A jornada cross border reserva surpresas, sem dúvida. Precisa ser encarada com seriedade, determinação, suporte estratégico e logístico consistente, resiliência (porque o sucesso não virá, de forma alguma, da noite para o dia), aprimoramento cultural sobre o que é atuar fora do Brasil, conhecimento das regras e particularidades de cada mercado-alvo (sempre diferentes das nossas por aqui), enfim, são muitas as variáveis envolvidas.

Mas se elas são necessárias e pedem atenção, não devem, de forma alguma, se configurar em barreiras intransponíveis de avanço a novos mercados internacionais.

Você já pensou que sua empresas pode reunir todas as condições de se projetar fora do País? Já imaginou que essa possibilidade pode ser uma alavanca altamente lucrativa e rentável para sua companhia? Já pensou que pode ser até que, em alguns casos, esse venha a ser, na verdade, o grande salto quântico para sua empresa?

Não há porque não pensar assim.

Pense fora da caixa. Pense maior. Pense fora do país. Pense cross border.

Aproveite e acesse nossa página Cross Border para saber mais.

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