Texto de Pyr Marcondes, Senior Partner da Pipeline Capital.
Enquanto lemos por todo lado que a crise macroeconômica afetou, como tantos outros setores da economia, também os investimentos de marketing, não estamos percebendo que:
1. Esse impacto realmente ocorreu, mas foi longe de desastroso e a indústria já enfrentou momentos recessivos muito piores historicamente;
2. Se uma parte das marcas reduziu seus investimentos, uma outra parte manteve ou até aumentou seus budgets, notadamente em marketing digital, cujos indicadores desconhecem a crise e seguem crescendo mês após mês, no Brasil e mundo afora (mídia de alta performance)
3. As reduções, segundo levantamentos globais, ficaram entre 15% e 20%, o que obviamente é ruim, mas nada astronômico;
4. Estamos falando em meses, não em anos, como muitos previram, de impacto.
No Brasil e em mercados desenvolvidos os investimentos começam a retornar. Como estamos acompanhando, este último trimestre acumulou Copa, Black Friday e Natal e os anunciantes não estão nada dispostos a perder essa oportunidade acumulada por conta da falta de energia na Europa devido a guerra da Ucrânia. Sim, os vasos são comunicantes, e o que acontece globalmente, nos atinge também. Mas há um grau de independência que descola mercados, descola atividades, descola oportunidades, ferramentas, plataformas, formatos, e dinâmicas de gestão de aportes em marketing, do macro cenário.
E é isso que estamos comendo bola e não percebendo direito.
Começando neste último quarter, mas com reflexos positivos já em 2023, e dali em diante, as economias e as empresas não ficarão mais reféns da macroeconomia como nos últimos meses. O descolamento será gradual, mas inevitável e se alastrará.
Dos que reduziram, a esmagadora maioria declara que já agora, em Thanksgiving, vai retomar investimentos e que vai manter o ritmo de retomada ano que vem.
Não foi um tsunami, foi uma marola. Agora vem o momento de surfar a onda da retomada.
Texto publicado originalmente pela ProXXIma.
Texto de Pyr Marcondes, Senior Partner da Pipeline Capital.
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