Há quem, com certo e justificado temor, em função de alguns sustos do passado no mercado internacional de investimentos, tema hoje que estejamos próximos da explosão de uma nova bolha, como a das pontocom, por exemplo, em 2000.
Na época, centenas de empresas com ações na Nasdaq simplesmente dissolveram e o que os temerosos de agora supõem é que, como naquele momento, há hoje também uma aparente sobrevalorização dos ativos de tecnologia e que, como então, poderemos viver algo indesejavelmente semelhante agora.
Não acredito.
Há, sim, um inchaço. Mas ele deve, muito possivelmente, ser gradualmente desinchado pelos próprios movimentos de mercado.
No Brasil, vemos, por exemplo, um boom de IPOs e esse seria um indicador de exageros em marcha. Não é. É apenas nossa economia, finalmente, evoluindo para um novo patamar de seu desenvolvimento, em que o mercado de ações joga um papel mais e mais decisivo nos negócios das companhias. Se está sendo demais, pois que seja.
O que, sim, deverá explodir, serão os investimentos no exponencial mercado de novas tecnologias disruptivas que já estão em campo e que conhecemos bem, de tanto ouvir falar.
Estou falando da Inteligência Artificial, da chegada do 5G e da Internet das Coisas, dos avanços da medicina digital e conectada, da nanotecnologia que não para de avançar, da computação quântica, do edge computing, dos carros autônomos, dos drones, das cidades inteligentes, das pesquisas de genoma, da robótica, enfim, você entendeu.
Tudo isso já está aí, como sabemos. Mas o que vai acontecer agora é que, após os primeiros anos de suas descobertas, avanços e testes nos mercados e na vida real, como os que estamos vivenciando, viveremos em seguida a necessidade de financiamento do salto exponencial que essas tecnologias todas darão.
Estudos de viabilidade e potencial circulam nos privados ambientes de investimento de risco e de fomento, dando conta de que essa será a próxima onda de aporte de capital dos próximos anos.
Os grandes players desse jogo, as 10 maiores plataformas corporativas de negócios do Planeta (Google, Tencent, Alibaba, Tesla, Amazon… bom, você sabe), estão já fazendo seus próprios investimentos nesses avanços todos. Mas a partir de agora, veremos mais e mais investidores aportando recursos em startups, estudos acadêmicos e, até mesmo, avanços da iniciativa privada, em busca das novas soluções em todos esses âmbitos do conhecimento humano e da ciência.
Será, sim, uma explosão. Só que do bem.
Artigo escrito por Pyr Marcondes Senior Partner at Pipeline Capital
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