Texto de Pyr Marcondes, Senior Partner na Pipeline Capital.
Não é segredo que muitas fusões ou aquisições acabam por não funcionar.
Tendências históricas mostram que cerca de dois terços das grandes fusões tem potencial para não darem certo, implicando, muitas vezes, na depreciação do valor das companhias envolvidas ou da empresa resultante.
As principais razões para isso ocorrer são:
- choque cultural entre as empresas envolvidas na fusão ou aquisição;
- má avaliação das partes envolvidas no que de fato a fusão ou aquisição agrega de valor ao negócios resultante;
- pressão de mercados altamente competitivos e hoje experimentando muitos movimentos de fusões e aquisições funcionando como mola propulsora da decisão de M&A, quando essa pressão externa, embora possa ser considerada, deveria ser mantida fora da planilha de decisão sobre o M&A;
- excessivo peso dado a perspectiva de cortes de custos, quando em verdade, é na alavancagem do negócio que deveria estar a primeira preocupação e prioridade das empresas envolvidas no negócio;
- falta de visão estratégica ou uma visão apenas parcial do todo por parte dos gestores, resultando em má avaliação do real potencial de mercado da empresa resultante.
Há, certamente, outros fatores de risco que podem ameaçar o bom andamento de um M&A, mas esses são os mais encontrados. Evitá-los a todo custo é vital para o negócio ser saudável e dar certo.