Para empresários, 2023 será ‘fraco’ de estreias na bolsa, mas forte em fusões e aquisições

Tempo de leitura:
Compartilhe:

O ano passado foi de uma verdadeira “seca” nas estreias de novas ações da bolsa. Nenhum IPO (ofertas públicas de ações em bolsa, na sigla em inglês) aconteceu por aqui. E as perspectivas dos empresários e investidores para este ano não são muito diferentes. Segundo um levantamento feito pela consultoria empresarial Maitreya, mais da metade dos entrevistados acredita que este ano a tendência de poucos (ou nenhum) IPOs continue, mas que aconteçam mais processos de fusões e aquisições (chamados de M&A na sigla em inglês).

O levantamento mostrou que 51,5% dos entrevistados acredita que o cenário de 2023 será igual ao de 2022 para as estreias na bolsa, mas com mais fusões e aquisições. Por outro lado, 37,1% dos participantes acredita que terá uma queda também nos processos de M&A. Por fim, 11,4% dos entrevistados acreditam que 2023 será semelhante ao ano de 2021.

No ano retrasado, 52 ofertas de ações movimentaram a bolsa de valores, sendo 30 ofertas do tipo primária (ou seja, em que aquela ação estreava na B3) e 22 do tipo secundária (em que os acionistas daquele papel vendem essas ações, que já existem no mercado).

Com a perspectiva de mais fusões e aquisições em vista, a pesquisa mapeou ainda as principais razões para que uma empresa faça um M&A. No levantamento, 60% dos entrevistados citaram a aceleração de crescimento. Para 54,3%, o processo é uma boa alternativa para captar recursos. Para 45,7%, é uma boa resolução para problemas financeiros, enquanto 45,7% citaram o fato de um M&A viabilizar projetos de expansão. Por fim, 40% consideram que uma fusão ou aquisição ajuda no processo de sucessão das companhias.

Do ponto de vista dos investidores, os entrevistados afirmaram que consideram um M&A interessante por diversos fatores. 83,9% citaram a aceleração de crescimento das companhias envolvidas (o que pode beneficiar seus negócios e ações), já 80% apontaram a entrada das empresas em novos mercados. Outros 80% citaram o ganho com escala e sinergia, enquanto 77,1% citaram o aumento do portfólio de produtos e outros 77,1% a incorporação de novas tecnologias.

O levantamento ouviu 50 empresários de empresas de grande porte, investidores qualificados e conselheiros que atuam em todo país.

Originalmente publicado no Valor Investe.

Compartilhe:

Últimas Postagens

Pipeline Capital e digitaliza.ai lançam o primeiro Scape Report interativo

A Pipeline Capital, empresa global de fusões e aquisições com foco em tecnologia, criadora dos Scape Reports, que se consolidaram como um guia de

Pipeline Capital é advisor da Vianuvem na sua venda para a Unico

  A unico, IDTech brasileira de soluções de proteção de identidade visual anuncia a compra de 100% das operações da Vianuvem, startup de gestão

Fintech: O que é e como se popularizou?

Fintech: Empresas que usam tecnologia para oferecer serviços financeiros de forma mais simples, eficiente e barata para todos. O que é Fintech? O termo

LOI: A carta de intenção em operações de M&A

O que é LOI, sua utilidade e dicas práticas. Texto de Angel Pascual, COO Latam da Pipeline Capital. No mundo das fusões e aquisições

Foco, concentração e resultado

Quando uma empresa perde performance, normalmente isso está atrelado a alguma forma de distração que a fez perder o foco do modelo que a

Sell side: Introdução ao mundo do M&A

O sell side é apenas uma parte do ecossistema extremamente enriquecedor e complexo das Fusões e Aquisições (M&A). Explicar cada aspecto dessa indústria poderia

Connect to the best of M&A world Subscribe to our Newsletter

Pipeline Podcast “Papo de M&A”

Pipeline Capital’s podcast on mergers and acquisitions, innovation and technology.