Preço não se negocia, se respeita.

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Texto de Alon Sochaczewski, Founder e CEO da Pipeline Capital.

Vamos aproveitar o começo de ano para refletir sobre comportamentos essenciais que podem mudar hoje uma nação.

Vamos falar da cultura do preço.

A cultura de se negociar preço no Brasil materializa a imaturidade de um país e de uma Nação. Basicamente parte de uma falsa premissa que todos tem uma margem de lucro generosa e que topam reduzir por um contrato.

Países como o Brasil, onde esta prática é quase uma lei federal esmaga o executivo, o empreendedor, o cidadão e cria uma falsa cultura de vitórias para quem consegue o desconto, o contratante e o machucado contratado.
Uma doença assintomática.
Uma dopamina sintética, maligna e falsa.

É falso porque se é cultural, a margem de negociação já está embutida na composição do preço. Tão simples quanto isso.

Perde-se tempo com esse teatro e finge-se eficiência.

Para piorar, nas tais companhias eficientes, criaram um departamento de negociação de preço(não de fornecedores) com varias ferramentas, práticas e incentivos para esmagar com um pilão as empresas. Uma delas só para exemplificar é o leilão reverso, onde o menor preço leva o contrato. O governo brasileiro, por exemplo, se utiliza desta prática pela sua transparência e austeridade como práticas.

Me parece que o brasileiro entende que lucrar é pecado.Ter uma empresa próspera, com um lucro sustentável – onde se gera empregos, famílias com mais capital e poder para se aplicar, principalmente em educação, moradia e saúde. Ter famílias mais preparadas, cria-se novas gerações para produzir um país melhor, gerando mais emprego, mais negócios, mais arrecadação fiscal e muitos outros benefícios circulares a economia, criando uma espiral ascendente.

Entende que isso não é um plano de incentivo estruturado e que não depende do momento econômico de um país?

Agora, como fazer para acabar com esta cultura maligna?

É simples, não negocie.

Mude o seu pensamento.

Tire a lógica binária de caro ou barato.

Mude para o “posso ou não posso”.

Sim, pesquise fornecedores e entenda o seu preço, baseado no que eles são e principalmente: estipule o seu orçamento. Se você gosta de uma determinada empresa que tem o maior valor, entenda as razões desta composição. O que a faz ter esse posicionamento e avalie se é compensatório para você.

Empresas com boas práticas de ESG, precisam exercer sua Sustentabilidade no seu Suply Chain mudando a sua cultura de contratação.

E você, reflita sobre essa prática.Seja para escolher um restaurante ou comprar um serviço de uma pessoa simples e batalhadora, como a grande maioria do povo brasileiro é e lutam para ganhar o pão de cada dia. São milhares de micro e médio empreeendores que são o motor desta nação.

Isso é mais um passo para um mundo melhor e ao seu alcance hoje, agora.

Texto de Alon Sochaczewski, Founder e CEO da Pipeline Capital.

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