Imagem: Lucia Mutikani
Texto de Pyr Marcondes, Senior Partner na Pipeline Capital.
A riqueza líquida total do mundo atingiu US$ 431 trilhões, quase meio quatrilhão de dólares. Segundo estudo do Boston Consulting Group, no ano passado, os investidores em geral não podiam gastar, então economizaram. E agora, cheios de dinheiro e encorajados pela perspectiva de retornos robustos com a já bastante perceptível retomada econômica com a abertura de cidades e países em fase de recuperação pós-pandemia, voltam a colocar suas riquezas em ações e fundos de investimento e longe de títulos de dívida de menor rendimento, diz o relatório.
Eles se beneficiaram da recuperação dos mercados de ações após sua queda espetacular em abril de 2020.
Na extremidade superior do segmento de alto patrimônio líquido, os bilionários viram suas fortunas disparar. A lista anual de bilionários da Forbes inclui agora 2.755 bilionários, que coletivamente aumentaram sua riqueza de US$ 8 trilhões em 2020 para US$ 13,1 trilhões neste ano.
O Boston Consulting Group prevê que essa riqueza só aumentará nos próximos cinco anos, ultrapassando a marca de meio quatrilhão de dólares à medida que as principais economias recuperam suas perdas pandêmicas.
A estimativa é de que U$ 65 trilhões sejam incorporados ao valor total da riqueza financeira do mundo entre 2020 e 2025. Incluindo os ativos reais, a riqueza líquida total mundial ultrapassará US$ 500 trilhões em algum momento antes de 2025.
O dado de alerta vem do fato de que tanto crescimento econômico acabará por ser gerido, gerado e destinado a beneficiar os mais ricos do mundo e com isso os níveis de desigualdade devem piorar tanto dentro dos países quanto entre eles.