A revolução digital transformou as economias em sistemas operacionais

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“Os sistemas econômicos globais são hoje redes internacionais interconectadas, digitalmente operacionalizadas e tecnologicamente capacitadas”

Texto de Pyr Marcondes, Senior Partner da Pipeline Capital Tech

Quando olhamos e analisamos atualmente os sistemas econômicos globais, salta aos olhos o fato que eles são hoje redes internacionais interconectadas, digitalmente operacionalizadas e tecnologicamente capacitadas. 

Nada lembra, nem de longe, os sistemas econômicos de 20 anos atrás. As economias se transformaram em sistemas operacionais. Iguais ao que gerem o computador que você tem aí à sua frente.

Já comentei que a globalização vive hoje seu momento 2.0 por conta exatamente dessa transformação. A interconexão digital global das economias é o fato estrutural mais relevante destas duas décadas. Não é a ascensão da China. A China só pode ascender porque os mercados se tornaram interconectados. Sem isso, ela estaria lá, grandona como sempre, mas isolada em suas muralhas. 

A resultante mais relevante desse fenômeno é uma otimização de performance inédita das economias e seus fundamentos. E uma mudança de mindset e olhar para como os processos, dinâmicas e fluxos passaram a ocorrer nos sistemas econômicos. 

Quando economias se tornam sistemas operacionais, precisamos migrar nossos olhos do mundo das finanças exclusivamente e conectar a ele novas lógicas de incremento e exponencialização que só sistemas operacionais – de resto, plataformas tecnológicas que fazem as coisas funcionar dentro dos hardwares – conseguem proporcionar. E viabilizar.

Ah … o hardware neste caso é a sociedade. 

Sociedades conectadas são, conceitualmente ao menos, digitalmente mais inclusivas. A conexão não resolve as iniquidades e desigualdades gritantes entre camadas sociais ou países, mas coloca os menos favorecidos em condições de, ao menos, estarem incorporados ao sistema, inclusão sem qual simplesmente, e aos poucos, deixariam de ter existência economicamente ativa.

Isso é parte do sistema operacional. Mas a partir dessa base, tudo só se expande. Veja onde e como:

  • A plataformização das empresas, saltando de fora de seus nichos e tornando-se players muitas vezes maiores do que inúmeras economias nacionais; 
  • A otimização produtiva em escala, bem como a redução, igualmente em escala, dos custos e valores envolvidos nas atividades produtivas e na prestação de serviços
  • O avanço exponencial da eficácia e resultados do setor de varejo e commerce; 
  • A ampliação e agilização do trade commerce entre nações e empresas, hoje cada vez mais sem fronteiras, mas principalmente, hoje cada vez mais tecnologicamente viabilizados;
  • A integração online dos sistemas financeiros e das bolsas de valores globais, dotando o sistema financeiro de uma capacidade de interconexão inédita; 
  • Ainda nesse âmbito, o recente fenômeno, em marcha, da democratização dos investimentos em bolsa para camadas antes alijadas desse ambiente de negócios, graças exatamente à quebra de barreiras proporcionada pela digitalização e descentralização dos controles de investimentos em empresas, quebrando os oligopólios antes vigentes e dominantes; 
  • A Inteligência Artificial quebrando barreiras em todos os extratos dos sistemas financeiros, dotando-os de capacidades cada vez mais exponenciais de processamento e aceleração de negócios e trocas, além de maior eficiência em tudo, notadamente da capacidade das economias tornarem-se mais e mais inovadoras, o que, por sua vez, retroalimentará, indefinidamente, toda a cadeia até aqui descrita.

Esses são apenas alguns dos componentes e programas do novo sistema operacional econômico global, já em pleno funcionamento.

Não precisa se preocupar em atualizar seu computador para esse novo sistema, porque ele está na nuvem e é já pervasivo a tudo que envolve os sistemas econômicos hoje. Portanto, você já tem um bem aí na sua máquina. E na sua vida.

Texto de Pyr Marcondes, Senior Partner da Pipeline Capital Tech, originalmente publicado na Exame.

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