As fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) bateram recorde no Brasil no primeiro semestre, uma tendência que deve se repetir nos 12 meses de 2022, avalia a PwC Brasil. No período, foram 807 transações, lideradas pelo setor de tecnologia. Os números ultrapassam os 706 negócios fechados no mesmo período de 2021, um ano em que houve recorde de 1.659 operações. “Apesar de estar vivendo alguma instabilidade política e econômica, há algum tempo os números de M&A não param de crescer”, diz Leonardo Dell’Oso, sócio da PwC Brasil.
No setor financeiro ocorreram as operações mais vultosas do primeiro semestre deste ano. Em abril, o Itaú Unibanco comprou 11,3% da XP por R$ 7,9 bilhões. O maior vendedor foi a gestora de private equity General Atlantic. Em outra transação, em janeiro, a gestora americana GQG Partners comprou 5,23% das ações do Itaú, em uma operação de R$ 5,9 bilhões. No total, foram 76 operações do segmento, que representaram 9,42% do total.
Mas é o setor de tecnologia que lidera as operações de M&A há mais de dez anos. Em 2022, até junho, elas chegaram a 360 e representaram 45,72% de todas as transações. Um exemplo foi a CloudWalk, em fevereiro. A empresa de pagamentos que opera com a maquininha InfinitePay levantou R$ 2,1 bilhões por meio da Genial e do Itaú BBA. Já em abril, a Unico, uma startup de biometria, recebeu um aporte de R$ 625 milhões em rodada de investimentos liderada pelo Goldman Sachs.
Matéria originalmente publicada por Valor Investe.
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