Texto de Pyr Marcondes, Senior Partner da Pipeline Capital Tech.
Bom, para começar, não precisa ser um jogo contra. Negócio não é futebol e sua empresa ou startup não é campo de treino. Mas seríamos ingênuos se não reconhecêssemos que há, sim, muitas vezes, uma disputa na área entre o empreendedor e/ou empresário e os investidores que figuram no seu cap table.
Isso ocorre, todos sabemos, por uma razão óbvia de tão simples: nem sempre os interesses e o tempo das coisas são os mesmos entre as duas partes.
Não há nenhum pênalti aí. Não precisamos do VAR para solucionar a jogada. A natureza da partida é assim. Investidores nasceram para fomentar a apoiar o desenvolvimento e o crescimento dos negócios e das empresas, o que fazem, na maior parte das vezes, com dribles de mestre. Quero dizer, muito bem. Gol.
Ocorre que empreendedores e empresários são jogadores de outra natureza. Primeiro, o negócio é deles, não do investidor (no caso da compra majoritária das ações por parte dos investidores, aí o bicho pega… mas enfim… sigamos o raciocínio aqui, que meu ponto não é esse). Segundo, e último ponto, vital: cabe a quem criou e fez o negócio crescer a ponto de merecer um investimento a liderança do negócio e as decisões cruciais para que isso siga acontecendo.
Vá lá, na analogia do jogo, quem ganha, afinal? Sempre e sempre, o dono da bola. Aquele que teve a ideia. Aquele que primeiro acreditou nela e aquele que terá por ela sempre algo que nenhum investidor jamais terá.
Aí, um dia, você vai lá e vende a empresa.
Bom, aí, fim dessa fase do campeonato.
Daí em diante, as regras serão outras. Mas até esse momento, você é o técnico e o time é seu. Não precisa jogar contra os invasores. Mas o atacante é você.
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