Texto de Pyr Marcondes, Senior Partner da Pipeline Capital Tech.
Vou começar citando a mim mesmo, num artigo que fiz para o Blog da Pipeline Capital, publicado no dia do meu aniversário, 18 de Abril (link lá embaixo, se você tiver curiosidade de ler o original): “… Além disso, há ainda o segmento das startups e scale ups, que são a base da pirâmide dessa indústria, e que, muitas vezes, parece acontecer ao largo de crises e sustos nas economias. Ele segue sendo atrativo e extremamente transformador neste exato momento. Com guerra ou sem guerra. …”
Sigo agora citando um artigo do meu sócio Alon Sochaczewski, cujo título é “É um mau humor e vai passar”, em que ele fala sobre o segmento de M&A: “O M&A é “a solução” com ou sem crise, de crescimento inorgânico das empresas. O que teremos será um aumento nas fusões, porém, o volume de investimento continuará alto. Temos muitos Private e Venture Capital capitalizados. É um mercado que se move pela transformação e que, novamente, não vai parar pela crise”. (Link para o artigo original também lá embaixo.)
Encerrando as citações, a Exame acaba de publicar reportagem sobre tema semelhante, cujo título explica tudo que o texto revela: “Quedas nos preços abre o apetite de grandes companhias por startups”. (Igualmente, link lá embaixo.)
Se você é bom de quebra-cabeças, já juntou as peças. Se ainda ficou em dúvida sobre qual é o ponto aqui, eu explico.
Todo o mercado financeiro se move em ciclos e movimentos pendulares. Os ciclos respondem pelos vai e vens dos ciclos da macro-economia. Os movimentos pendulares são aqueles que ajustam o mercado para a dinâmica econômica em vigência no momento.
Se os investimentos neste momento de incertezas macroeconômicas tendem a encolher por natural e previsível cautela dos investidores, por outro lado, há oportunidades espalhadas por todos os lados da cadeia, particularmente na base, neste momento: startups e scale ups, como eu disse no meu aniversário.
Havia, sim, um clima de euforia nos valuations dessas quase empresas (startups ainda não são propriamente empresas) e, de 10 anos para cá, seu valor atingiu picos muitas vezes fora de sentido. Mas o mercado seguiu, pendularmente, se adaptando a essa condição. Unicórnios foram avaliados em bolsa de forma aparentemente extra-realidade e agora muitos deles passam por uma revisão no preço de suas ações. Para baixo.
Startups e scale ups continuarão sendo valiosas, porque seguirão sendo vitais para o desenvolvimento das economias, que simplesmente não podem parar.
Veremos, como diz o Alon, mais fusões de agora em diante. E veremos, como citamos eu e a Exame, empresas seguindo interessadas nas iniciativas de empreendedores que tem valor disruptivo e que podem acelerar as máquinas das companhias maiores, que aliás, só para lembrar, sem esse combustível, simplesmente param de inovar e crescer.
Empresa alguma está disposta a pagar o preço alto da obsolescência.
Link para a reportagem da Exame
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