O evento em Austin costumava ser um spoiler do futuro, mas este ano seu tempo será o presente imperfeito.
Texto de Pyr Marcondes, Senior Partner da Pipeline Capital.
Li um livro que não recomendo a ninguém chamado End Times. Fala sobre o fim de tudo e de todos. Os organizadores do SXSW deste ano devem ter lido. Talvez por isso deixaram de mirar o futuro e olhar mais para o presente. O raciocínio seria simples assim: de que adianta falar de futuro se ele está comprometido e se dependemos do presente para que haja qualquer perspectiva de nos safarmos dessa?
O SXSW foi, nos últimos dez anos, um buraco de fechadura por onde olhávamos o que ainda estava por acontecer em inúmeras áreas da ciência, pesquisa e tecnologia. Era um spoiler do futuro.
Este ano o evento foca em ESG. Os extremos e os temas críticos de ESG. Claro que sem perder a dimensão de seu impacto nos anos por vir. Mas o tempo de verbo do evento deixou de ser o futuro do presente para ser o presente imperfeito.
Nossas (inúmeras) imperfeiçoes em todas as áreas da atividade humana – não por falta de conhecimento, mas por falta de ação, conhecimento tá até sobrando – constituíram um cenário de caos, com o qual o SXSW sempre soube lidar muito bem, sendo um de seus melhores intérpretes ano após ano, que desta vez exige que discutamos como fazer, e rápido, enquanto pensamos. Caos exponencial é o tema não enunciado do evento.
Quem tiver curiosidade, veja a grade de painéis e palestras. Os temas todos. Está tudo lá.
Honrosamente participando como um membro do grupo de repórteres do M&M que vai uma vez mais lá este ano, vou ver in loco se é isso mesmo. Prometo contar tudo a você.
Texto de Pyr Marcondes, Senior Partner da Pipeline Capital. Originalmente publicado por Meio&Mensagem.
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