Para empresário e investidor serial, o aquecimento do mercado de M&A trouxe uma nova dinâmica aos negócios; do lado dos compradores, é preciso estar antenado à concorrência para não ser superado por ela
No décimo segundo episódio da 3ª temporada de “Papo de M&A”, podcasts da Pipeline Capital, empresa de M&A com foco em tecnologia, Pierre Shurmann, fundador e CEO da Nuvini, holding de empresas no modelo software as a service (SaaS), fala sobre como a estratégia de M&A mudou toda a dinâmica dos negócios nos anos mais recentes. Com mais de 10 aquisições e investimentos em mais de 700 startups em 22 países no currículo, Shurmann acredita que houve uma grande mudança do mindset do buy side (as empresas que estão atentas às oportunidades de compra).
“As gigantes do setor nunca imaginaram que fossem concorrer com empresas menores, novas no mercado. Hoje em dia, está mais fácil construir negócios, ter acesso ao capital por meio dos fundos venture capital, por exemplo. Como comprador, é preciso estar atento à concorrência pois é possível que ela te supere amanhã”, ressalta Pierre Shurmann, fundador e CEO da Nuvini. Além das empresas tradicionais, um segundo movimento apontado por Shurmann vem das empresas de tecnologia que também estão atentas às oportunidades de compra de suas concorrentes. Segundo ele, esse fluxo já é bem forte no exterior e tende a se replicar no mercado brasileiro, com startups comprando outras startups. “O mercado de M&A vai “exponenciar”, vai crescer muito, teremos os tradicionais comprando os menores, ao mesmo tempo que teremos as startups concorrendo com os tradicionais”, completa.
Outro ponto importante abordado durante o papo é a evolução do mercado SaaS no Brasil, que hoje movimenta cerca de US$ 2 bilhões no País. A tese de Shurmann, que também é fundador da Bossa Nova Investimentos, maior micro venture Capital da América Latina, é que “a primeira onda” foi marcada pela oferta de soluções baseadas em tecnologia restrita somente às grandes empresas, a restrição, sobretudo, se deve ao alto custo desses serviços.
“O que a gente está observando é um movimento consistente, mas ainda do início, da profissionalização de empresas menores na gestão de suas informações financeiras, de colaboradores, etc. Há muita oportunidade nesse mercado. É para empresas que oferecem ferramentas e soluções aos médios e pequenos que nós estamos olhando, atentos às oportunidades de compra”, comenta.
Para conferir a entrevista completa com Pierre Shurmann, fundador e CEO da Nuvini e investidor serial, clique aqui.