Investimentos em startups brasileiras cresceram 3% em 2020 Estudo feito pela Distrito, aponta que de janeiro a outubro deste ano, US$ 2,49 bilhões já foram investidos em startups no País
As startups brasileiras já receberam US$ 2,49 bilhões em investimentos este ano. Um levantamento feito pela empresa de inovação aberta Distrito mostrou um aumento de 3% nos valores investidos entre janeiro e outubro de 2020, em comparação ao mesmo período de 2019. Só no mês de outubro, os investimentos chegaram à marca de US$ 221 milhões, número 258% maior que o registrado no mesmo mês em 2019.
Edson Rigonatti, fundador e sócio da Astella Investimentos, e um dos principais investidores de Venture Capital do Brasil, explica o que ele procura na hora de investir em um negócio.
“A nossa tese é investir em empreendedores que acreditam em crescimento rápido, acelerado e eficiente, com inteligência e máquinas de vendas, essa é a nossa grande configuração”, afirma Rigonatti.
O sócio da Astella Investimentos afirma que na hora de se investir em empresas, tem muitas variáveis em jogo, e que escolher uma dessas variantes é uma saída.
“A variável que a gente acredita ser determinante é a do canal de distribuição. É você ter um canal de distribuição que seja proprietário, que tenha causa e efeito e eficiência de capital”, conta.
No seu quarto fundo de investimento na Astella, Edson Rigonatti acredita que o resultado daquilo que você faz depende 52% do talento e 48% da sorte, porém, defende que o talento só vem com prática e treinos deliberados.
“Qualquer empreendedor que quisesse conversar com a gente, a gente conversava, porque aquilo era uma maneira da gente ir praticando e construindo talento. E quando você constrói talento, você se permite ter sorte. É o que eu acho que aconteceu e que vem acontecendo com a gente por enquanto”, analisa o executivo.
Kadu Pedreira, Head de Market Research da Pipeline Capital, acredita que o diferencial, que separa as empresas comuns das grandes empresas, é estar preparado para os momentos de sorte. “Todas as empresas têm uma oportunidade específica, mas oportunidade com time e preparação, é o que transforma sorte em sucesso”, completa.
Rigonatti comenta que no começo tinha a ilusão de que investir era achar a próxima tecnologia, e durante seus anos de experiência como investidor, entendeu que alguns elementos você não consegue controlar.
“Às vezes você investe na tecnologia, acerta no empreendedor, no modelo de negócio certo e mesmo assim dá errado”, pondera. O investidor da Astella completa: “o mundo do Venture Capital, especialmente ele, é muito calcado em cima do conceito de opcionalidades, de você ir buscando as melhores opções para que você tenha um ponto de partida”.
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