Texto de Pyr Marcondes, Senior Partner na Pipeline Capital.
Nada evolutivo e com futuro exponencial pela frente prescinde, nem prescindirá, da tecnologia. Nunca mais.
O capitalismo virou presa da evolução tecnológica e será nela, a partir dela e com ela que ele vai dar seus saltos para os próximos estágios de sua própria evolução.
A tecnologia sempre foi parte integrante do capitalismo moderno, desde a revolução Industrial. Mas nunca como hoje.
A tecnologia dos anos históricos, do passado, de séculos, pressupunha que sua contribuição se daria em ondas e em um ritmo conhecido: lento.
Desenvolver novas tecnologias demorava pra cacete e esse era o dado da planilha. Aí, num determinado setor, vinha lá alguém, ou alguma empresa, ou algum laboratório, ou alguma universidade, que aparecia com uma ideia disruptiva sensacional. Pronto, era o momento do salto daquele setor. E assim, dessa forma, na somatória dos saltos, o capitalismo avançava para outros patamares, outros modelos de negócio, outros padrões de rentabilidade e eficácia.
Hoje não é nada disso.
Hoje, todos os setores estão evoluindo concomitantemente e saltos estão sendo dados numa velocidade estonteante, praticamente todos os anos. O capitalismo não é mais apenas o arcabouço econômico dentro do qual os negócios acontecem, mas o exoesqueleto de uma máquina evolutiva insanamente disruptiva e veloz chamada tecnologia. Cada vez mais exponencial.
Capital Tech passou a ser a regra dos novos tempos do capitalismo contemporâneo. Ser Capital Tech é estar em linha com essa nova dinâmica, fora da qual nada de valor acontece. Nem vai acontecer mais.