Importante para o e-commerce, investimento em coleta e análise de dados é prioridade no setor
O e-commerce tem investido cada vez mais em plataformas de análise de dados para customizar as ofertas para seus consumidores. Uma pesquisa feita pela GS&UP, empresa do Grupo GS& Gouvêa de Souza, especializada em soluções para o varejo, identificou que 67% das companhias ouvidas pretendem investir em soluções de big data e analytics nos próximos três anos.
Considerando fundamental investir em coleta e análises de dados, a Renner informou em seu relatório de resultados do terceiro trimestre deste ano, que seguiu avançando nos investimentos em análise e transformação de dados. Por meio do programa Visão Única do Cliente, a companhia busca conhecer cada vez mais o consumidor, e assim, poder oferecer experiências mais personalizadas em todos os pontos de contato.
Adicionalmente, a companhia realizou a integração de dados, que resultou em crescimento de 35% da base de clientes disponíveis no gestor de campanhas omni, e desenvolveu modelos estatísticos de predição de comportamento, possibilitando a realização de campanhas personalizadas, que alavancaram indicadores como frequência, ticket médio e número de itens por sacola.
Com o uso crescente de dados de consumidores pelo comércio eletrônico, legislações, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que garantem a proteção das informações dos clientes, é fundamental. Leis como essa tem por objetivo estabelecer regras quanto ao uso desses dados e o direito da privacidade do consumidor em relação à segurança de seus dados pessoais.
Em comunicado sobre a LGPD, a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), reforçou que o e-commerce precisa se preparar para as novas regras.
“A lei será benéfica para todos, pois traz mais transparência e inibe o uso abusivo e indiscriminado de dados pessoais, aumentando a segurança das operações”, afirma Márcio Cots, diretor jurídico da associação. No entanto, ele pontua que empresas de comércio eletrônico devem, o mais rapidamente possível, adaptar suas práticas de segurança, compliance e TI, e também treinar pessoas, modificar processos e adaptar documentos para se adequar à futura legislação“.