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Como a programática e a Inteligência Artificial vão anabolizar o setor de M&A

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Texto de Pyr Marcondes, Senior Partner na Pipeline Capital.

Estamos mais acostumados a falar e ouvir falar de “mídia programática”, que é o processo automatizado de compra e venda de mídia.

 

Programática deriva de previamente programado. São tarefas ou atividades planejadas e/ou executadas de forma prevista, programada, hoje com auxílio de tecnologias digitais. Entre elas, a Inteligência Artificial.

 

É assim com a mídia nos tempos da internet e deverá ser assim também com a gestão de ativos no mundo do M&A. Afinal, por que não?

 

Programmatic M&A é a captura de dados e a programação cruzada de informações segundo um planejamento previamente estabelecido, um briefing, uma tese, tudo executado via softwares e AI, automatizando o que hoje é usualmente feito por humanos, de forma manual.

 

A gestão programática de ativos de M&A proporciona o match das necessidades de negócios e objetivos de fusões de aquisições de empresas, com as empresas em si, existentes no mercado ou no portfólio prévio das empresas do setor. 

 

Estudos nos EUA revelaram que essa automação programada e digitalmente gerida está crescendo no País e que os bancos de dados de M&A serão cada vez mais anabolizados por tecnologias avançadas, entre elas a Inteligência Artificial.

 

A Inteligência Artificial consegue aglutinar em bancos de dados empresas e mais empresas potencialmente interessantes para um determinado deal, além de conseguir também prever com considerável acurácia como se comporá um negócio entre duas companhias, desde que alimentada com os dados e informações corretas de ambas e de todas as condicionantes do negócio, como premissas mercadológicas e financeiras. E assim dotar o setor de previsibilidade digital.

 

Os estudos de empresas especializadas apontam que a tendência de fusões e aquisições programáticas é aquela com maior probabilidade de criar maior valor para as empresas do setor no futuro próximo. 

 

A AI propicia ainda a manipulação de dados em maior volume, big data, ampliando as possibilidades de match. 

 

Apesar disso, os analistas alertam que a abordagem de M&A programático não é prioritariamente um jogo apenas de volumes; mas uma estratégia para construir sistematicamente novos negócios, serviços e capacidades com maior precisão. 

 

As empresas de M&A que usam uma abordagem programática, como destaca white paper da McKinsey, “criam fluxos de negócios vinculando sua convicção e estratégia corporativa ao entendimento de suas vantagens competitivas e à confiança em sua capacidade de execução. Gerenciam suas estratégias de crescimento de forma proativa”.

 

A McKinsey aponta ainda que as empresas que usam a abordagem programática para fusões e aquisições – versus abordagens orgânicas – geralmente superam sua concorrência exatamente por isso. 

 

Dificilmente o setor de M&A prescindirá da inteligência humana em vários pontos de análise e execução de uma transação. Mas a Inteligência Artificial e o M&A programático devem se estabelecer como uma tendência inequívoca no setor nos próximos anos.

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