Fusões e Aquisições (M&A) e o Venture Capital

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Pesquisadores identificaram que, de tempos em tempos, ocorre um crescimento vertiginoso das condutas de M&A e, logo em sequência, as movimentações de Venture Capital crescem naquele mesmo cenário.

Todos nós, com certeza, já ouvimos falar sobre IPOs de empresas de tecnologia. Entretanto, a maioria das startups que fazem alguma saída de fundos de Venture Capital ocorrem por meio de transações de Fusões e Aquisições (M&A na sigla em inglês) – quase sempre são adquiridas por outras empresas maiores, sejam elas tradicionais ou outras startups.

O artigo “Venture Capital Investments and Merger and Acquisition Activity Around the World”, produzido pelos pesquisadores Gordon M. Phillips e Alexei Zhdanov, mostra que há uma correlação no que eles chamam de “ondas”.

Ou seja, ao analisar o mercado entre 1985 e 2014, eles identificaram que, de tempos em tempos, ocorre um crescimento vertiginoso das condutas de M&A e, logo em sequência, as movimentações de Venture Capital crescem naquele mesmo cenário.

Isso acontece pois ambas as situações são impactadas por demandas e evoluções tecnológicas semelhantes, criando um norte ao desenvolvimento.

De acordo com levantamento feito pela Dealogic e publicado pela Reuters, o volume de capital movimentado através de M&A ultrapassou os US$ 5 trilhões em 2021, um recorde para o segmento e que só tem coisas boas a oferecer para o mercado de VC.

Alvaro Gutierrez, em seu artigo “3 things startup founders need to know about M&A”, comenta que em 2021, das 530 startups adquiridas no ano, mais da metade foram compradas por outras startups.

Isso mostra que o M&A relacionado a Venture Capital vem se posicionando de forma diferente da observada até algum tempo atrás, quando geralmente eram grandes empresas que compravam startups.

Assim, podemos focalizar os processos de Mergers & Acquisitions por 4 principais óticas que justificam as movimentações de mercado.

A primeira delas ocorre quando uma empresa (ou startup) quer integrar pessoas ao seu time, unir forças com uma equipe acima da média que vem conquistando bons resultados e, com isso, potencializar retornos.

Outro fator que influencia é a necessidade de se obter receita, um movimento bastante utilizado por grandes startups que, já muito capitalizadas, encontram “dificuldades” em aumentar seu faturamento organicamente. Como precisam estar mais robustas e aptas para rodadas de investimento maiores, compram startups menores para somar à receita.

Uma das mais conhecidas, a terceira de nossa lista, é a compra de tecnologia, um produto/software muito específico que a empresa entende precisar para potencializar seus resultados. Aqui, pode-se entender que o objeto da compra diz mais respeito ao produto do que à startup em si.

Por fim, a última das óticas é a aquisição do negócio como um todo, seja para colocar os pés em um novo nicho ou segmento de mercado, bem como para criar uma nova unidade de negócios.

O M&A, na grande maioria dos casos em que se relaciona com o Venture Capital, é benéfico para as startups, uma vez que fornece condições para escalar operacionalmente o negócio, incrementar o fluxo de caixa, de receita e de vendas, possibilitar o aumento do share de mercado e oferecer a oportunidade das startups encontrarem, consolidarem e experimentarem a proposta de valor desenvolvida. Também é potencialmente benéfico para o investidores das startups, que conseguem liquidez acelerada através do M&A.

Portanto, com as Mergers & Acquisitions, o Venture Capital é capaz de absorver oportunidades interessantíssimas de desenvolvimento, criando cenários futuros de consolidação para novos mercados, fortalecendo tendências, além, claro, de beneficiar toda a sociedade com o conhecimento produzido.

 

Leia o texto original na Suno.

 

 

 

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