Invisto, logo existo: o drama existencial das corporações e startups.

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Texto de Pyr Marcondes, Senior Partner da Pipeline Capital.

Esse é o drama existencial das empresas no mundo contemporâneo. Não há mais como ignorar que investir em sua própria disrupção é a única saída para a velocidade exponencial em que nos metemos nos negócios. Bom, e na vida também.

 

Em se tratando, assim, de um drama existencial, as corporações e, de resto, toda a economia que em torno delas, gravitacionalmente, se constrói e delas depende, buscam nova vida naquilo que lhes é externo. Investir em algo que ou não é delas. Contradição de tempos disruptivos.

 

Segundo o estudo “Venture Capital Investment Market: Global Industry Trends, Share, Size, Growth, Opportunity and Forecast 2021-2026”, o mercado global de investimento de risco (Venture Capital) atingiu um valor de US $ 197,7 bilhões em 2020. 

 

Olhando para o futuro, espera-se que o mercado cresça a um CAGR de cerca de 16% durante 2021-2026. 

 

O Venture Capital é um subconjunto do mundo do Private Equity (PE), em que os capitalistas de risco fornecem capital para soluções e startups para expandir seus negócios.

 

Esses capitalistas obtêm participação acionária, tornando-se parte integrante do processo de tomada de decisão na empresa e oferecem experiência técnica e gerencial, acesso à sua rede de conexões e outros suportes para tornar o negócio inicial bem-sucedido. 

 

Atualmente, esse mercado está crescendo devido a escalada do número de startups explodindo mundo afora. E não vai deixar de crescer em, pelo menos, uma década mais, pode-se facilmente estimar.

 

No Brasil, nada diferente disso. Segundo nos relata o Wall Street Journal em sua reportagem “Investment in Brazilian Startups Is Booming”, o País está vivenciando um momento especial de crescimento dos investimentos em startups, acima inclusive de países ícones desse tipo de iniciativa, como Coréia e Indonésia.

 

O jornal destaca que as apostas de investimento de risco em jovens empreendedores está estimulando um boom no financiamento de startups em um país há muito dominado por gigantes corporativos tradicionais. Grandes e caretões, eu diria.

 

O financiamento do capital de risco no Brasil este ano (até 12 de outubro) atingiu um recorde de US $ 6,4 bilhões, triplicando o valor arrecadado em todo o período pré-pandemia de 2019, de acordo com a empresa de dados PitchBook. Isso ultrapassou a Coréia do Sul e a Indonésia, ao mesmo tempo em que ultrapassou, também, os investimentos combinados e somados de Rússia, África do Sul, Turquia e Nigéria. Olha o Brasil aí, gente! Hein? Deu no Wall Street Journal.

 

O boom está acontecendo apesar dos desafios de lidar com a gigantesca burocracia do País e numa economia que cresceu a uma taxa média anual ridícula de 0,8% entre 2011 e 2019, com desempenho inferior a 172 num ranking de 195 países, de acordo com o Banco Mundial. Só o zeitgeist promovido pelas startups ficou de fora desse opressor e triste downturn.

 

Um superávit global de fundos de investimento buscando rendimento em um mundo de taxas de juros super baixas também é uma vantagem estimulante para tudo isso. Mas o movimento vai para além dos indicadores puramente econômicos: é o espírito do tempo em andamento e evolução.

 

O futuro desse espírito e o tempo que lhe caberá serão estendidos de forma estrutural e em velocidade cada vez mais exponencial, não importa o que.

 

Nada, corporação alguma, ficará fora dele. Ou nem ficará.  

 

Já as startups, essas, bem … você já entendeu.

 

Para saber mais sobre o mundo de investimentos com um dos maiores empreendedores do mercado, ouça nosso podcast exclusivo com Rodrigo Borges, da DOMO Invest:

 

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