Texto de Pyr Marcondes, Senior Partner na Pipeline Capital.
Peter Drucker dizia que o Marketing deve ser tão eficiente que dispense Vendas: o produto se venderia sozinho.
Esse é o Marketing dos sonhos. Aquele que, de tão eficaz, torna vendas tipo um apêndice. Uma quase desnecessidade.
Um Marketing assim, hoje, é a própria Venda. Os elos entre Marketing e Vendas foram se estreitando e, no mundo digital, viraram uma coisa só. Se você ainda não percebeu isso, se liga.
Por uma via que Drucker talvez não imaginasse, Marketing virou Vendas e vender se tornou, assim, sua função (no sentido das relações matemáticas). Uma fórmula perfeita, em que cada elemento do conjunto A (Marketing) se liga a cada elemento do conjunto B (Vendas).
A jornada de consumo se dá hoje em uma cadeia interligada e única, sem interrupção em nenhum dos seus momentos. Não se trata apenas do funil. É mais que isso. É o entrelaçamento das disciplinas de tal forma que quase desapareçam entre si.
Indo além, Marketing, em verdade, mais que substitui Vendas, porque o consumidor desconsidera ambos e compra numa dinâmica que dissolve disciplinas.
Drucker talvez nunca tenha estado tão certo.