Texto de Pyr Marcondes, Senior Partner na Pipeline Capital.
Gênio é um cara legal. Ele tem ideias geniais. Ele é, com perdão do pleonasmo, genial.
O Paradoxo do Gênio é quando ele se acha. De tão genial, vira o gênio de uma verdade só: a sua. O paradoxo aqui é que o grande risco dos gênios é tornarem-se genialmente tolos. Se há qualquer verdade imutável e absoluta neste mundo é a de que mesmo ideias geniais, no tempo e em algum momento, se tornarão obsoletas e inadequadas a um mundo em recorrente transformação.
Ideias geniais, qualquer ideia, aliás, será sempre subvertida e superada. Ideias não sobrevivem à Eternidade. Nem os gênios, que sobrevivem na Eternidade apenas na História.
Há inúmeros gênios nos mercados doidinhos para viverem o Paradoxo do Gênio. Basta olhar a sua volta. Se você conhece ou convive ou ouviu falar de um gênio cuja ideia, ou as ideias, ou toda ideia que ele venha a ter, lhe pareça tão genial, que para sempre, pronto, bingo! Achou. Tá aí mais um grande candidato ao paradoxo.
Tem um conceito que faz sucesso e sentido entre os pensadores do novo, que aconselha: duvide do que você sabe, tenha curiosidade sempre sobre o que você não sabe.
Não saber é uma dádiva. É ela que vai provocar a busca pelo conhecimento. Saber já tudo é uma chatice. Além de, conceitualmente, uma burrice.
Se você já sabe tudo e suas ideias são únicas e recorrentemente geniais, think again: você está vivendo o Paradoxo do Gênio.