Com a aceleração do processo de digitalização do varejo causada pela Pandemia do Coronavírus, vender em múltiplos canais virou prioridade
Com a Pandemia da Covid 19, e as medidas de distanciamento social e restrições ao comércio, o varejo precisou se movimentar para não ficar no prejuízo. E a solução encontrada foi o e-commerce. Quem ainda não vendia on-line, teve que começar a vender, e quem já vendia precisou melhorar suas ferramentas para proporcionar uma jornada de compra cada vez mais eficiente para os seus consumidores.
Devido a este cenário, investir em vários canais de vendas e de relacionamento com os clientes, que era uma tendência para o futuro, virou prioridade para o varejo. Trata-se do conceito de ominicanalidade, isso significa ter uma operação com múltiplos canais integrados para facilitar a jornada do consumidor.
Uma pesquisa feita pela Jet, empresa que desenvolve soluções para comércios eletrônicos, em parceria com a E-commerce Brasil, revelou que 84,8% das empresas consideram muito importante vender em vários canais. O levantamento ainda mostrou que 29% dos varejistas ouvidos, vendem em quatro ou mais canais. E, entre aqueles que responderam que só utilizam um canal de venda, a maioria acha importante expandir as vendas para mais canais.
Outro levantamento, este feito pela Social Miner em parceria com a empresa de pesquisa de mercado Opinion Box, ouviu o lado dos consumidores. O estudo mostrou que 59% dos consumidores pretendem mesclar compras on-line e offline em 2021, esse número era de 29% em 2019.
A pesquisa revelou ainda que o consumidor quer continuar tendo uma jornada de compra híbrida. Os números apontaram que 52% dos consumidores querem comprar on-line e retirar na loja física, além de poder continuar comprando em canais como Whatsapp e Instagram. E 50% dos consumidores esperam poder contar com serviços alternativos como drive-thru nos shoppings.
Exemplo de adesão ao modelo omnicanal no Brasil, a rede varejista Magazine Luiza anunciou em seus resultados financeiros do terceiro trimestre, informada à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que com a operação omnicanal, com a abertura de 1 200 lojas físicas que operam de forma integrada com o e-commerce, a rede de varejo teve um aumento de 81% em seu lucro comparado com o mesmo período de 2019.
“A reabertura das nossas lojas físicas, seguindo todos os protocolos de segurança, fez com que voltássemos ao nosso modelo original, baseado no poder da multicanalidade”, diz Frederico Trajano, CEO do Magalu. “Com as operações físicas e digitais integradas, conseguimos a combinação desejada de crescimento exponencial, rentabilidade e capacidade de geração de caixa.”
Outro exemplo de sucesso da omnicanalidade, é o das lojas Renner. Em seu relatório de resultados do terceiro trimestre deste ano, a loja informou que já conta com mais de 20% das vendas das lojas sendo concluídas por meio do Venda Móvel, onde os clientes não precisam passar pelos caixas de pagamentos. Além de contar com o Pague Digital, onde o cliente dos Cartões Renner pode concluir suas compras e pagar em loja, pelo próprio celular, reforçando as ações de jornada omni.
Você tambem pode se interessar: